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O desafio da Inovação Organizacional

16/07/2011

A Eficácia é um dos fatores de maior importância no Desenvolvimento de uma Organização.

O ponto crucial é saber administrar de maneira sistemática e planejada, todo processo de inovação organizacional. A competência na busca continuada de novas experiências no sentido de criar as condições facilitadoras para a mudança é o grande desafio dos administradores. Entretanto, optar pela inovação é assumir desafios, sem perder o foco para a obtenção dos resultados, sem os quais a própria mudança se inviabiliza.

Nos processos de mudança, mais importante que alterar a forma de agir é mudar a forma de pensar a respeito dos processos, procedimentos e até mesmo dos comportamentos na organização.

Dos fatores implícitos no processo de mudança eficaz, talvez um dos mais críticos seja o impacto da cultura organizacional.

Aperfeiçoar o passado é uma coisa, inovar é realmente outra.

Fazer um pouco melhor o que sempre se fez é muito positivo. Mas pode não ser, ainda, a resposta para a organização assegurar o sucesso futuro.

Algumas organizações tendem a confundir prudência com hesitação, excelência com exagero. Conformam-se com o aceitável, com o razoável, renunciando ao que seria possível fazer melhor.

Tradições e procedimentos válidos no passado persistem, condicionando o pensamento e a atuação presente. As ações decorrem mais de projeções cautelosas e confortáveis, do que de prospecções desafiantes.

No mundo dos negócios, o sucesso pode ser a véspera do fracasso se não se souber lidar com as mudanças.

Se a cultura da organização é hostil à mudança, ou se sente ameaçada por ela, ou simplesmente lhe é indiferente, sem dúvida os esforços de mudança serão frustrados, mesmo que seus objetivos sejam realmente a busca da eficácia.

Há bem pouco tempo se vem ressaltando a influência da cultura organizacional sobre os comportamentos, procedimentos e processos dentro das organizações. Não obstante, já se reconhece a importância de focalizar a cultura organizacional como um dos alvos do processo de mudança.

Cada organização tem sua própria cultura, e até dentro da própria organização, podem existir diferentes culturas, o que torna as interações mais complexas, afetando o próprio processo de mudança, já que condicionam as pessoas a pensarem e agirem, normalmente, de forma ineficaz ou até ineficiente.

As tradições, precedentes e práticas do passado acabam se transformando em normas e padrões para tudo o que acontece na organização.

Essas formas convencionais e confortáveis de pensar determinam as ações, os comportamentos, o planejamento e as decisões. Em resumo, as pessoas vivem num ambiente de expectativas delimitadas e rígidas, representado pelo que se chama de cultura da organização.

Tentar exercer a mudança sem levar em consideração esses fatores, poderá apenas provocar resistências que em pouco tempo anularão todo o processo, gerando frustração, desmotivação e a própria falta de comprometimento dos envolvidos.

Apenas como experimento de aprendizagem, recomendo que se faça um breve exercício de reflexão sobre algumas organizações e gestores que possamos conhecer, até sobre aquela em que atuamos, ou até mesmo sobre nós mesmos. Não se surpreenda com a descoberta, caso você não sofra de auto? Ilusão.

É por isso que muitas organizações continuam a operar de forma completamente inadequada aos desafios do presente. Que dirá em relação ao futuro! E ainda responsabilizam o mercado, a economia, o governo, a política, a variação cambial, os juros e tudo mais que temos visto e ouvido ultimamente.

Logicamente, estes fatores afetam sim, e muito, o desempenho organizacional. Porém, existem e vão continuar existindo sempre no mundo dos negócios. E cada vez serão mais críticos no processo de globalização, sendo seus efeitos sentidos por todo mercado, em todos os lugares e por todos.

Entretanto, é imperiosa a necessidade de responder com prontidão e eficácia à demanda pela inovação organizacional.

A confiança nos modelos tradicionais de gestão compromete, e frustra na maioria das vezes, as tentativas de mudança e os resultados operacionais esperados, que são indispensáveis. Afeta não só a lucratividade, como também a satisfação e o empenho das pessoas na consecução dos objetivos organizacionais.

Muitos são aqueles que persistem em ignorar a importância da cultura. Como ela molda o comportamento das pessoas e condiciona atitudes contrárias à obtenção de resultados eficazes.

Os responsáveis pela mudança, normalmente a própria administração, têm-se mostrado incapazes de explorar o inesgotável potencial de inovação revelado pelos estudos e práticas da ciência do comportamento.

Remover as barreiras da ignorância e da incompetência perante a cultura é o primeiro passo para a inovação, pela busca da excelência na organização e na própria sociedade.

Será que se conhecem as verdadeiras causas dos problemas-chave que afetam a organização, bem como o potencial de soluções criativas e eficazes disponíveis?

Novamente, apenas como sugestão de reflexão, seria interessante que cada um disponha de alguns segundos, minutos, horas, dias, semanas. . . , tentando responder a esta questão.

O tempo gasto para a busca desta resposta, se você desejar encontrá-la, depende da dimensão dos problemas na organização, da própria cultura organizacional que nela predomina e principalmente do grau de ilusão ou auto-ilusão de cada um.

É importante que pensemos nisso, por ser fundamental não somente para o desenvolvimento das organizações, como para o nosso desenvolvimento profissional, e acima de tudo, para o nosso desenvolvimento como seres humanos na própria sociedade.



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